segunda-feira, 15 de junho de 2009

Death Note e a literatura clássica.

Este texto é para mostrar que anime também é cultura da mais fina, procurem saber mais sobre esse mundo:


Texto por Lucas Rubira*


Death Note,obra nipônica de muita polêmica e discussões pelo mundo todo foi o destaque de minha semana, pois ao começar a vê-la muitas referências me vieram á cabeça e todas elas de cunhos intelectuais clássicos.

Tais idéias são oriundas de mitos como o Fausto de Goethe e o toque de Midas, sendo assim, foram motivo para uma profunda reflexão sobre similaridades entre estes citados e o caderno cujo possuidor ao colocar o nome de qualquer pessoa que ele tenha em mente quem seja de uma forma ou de outra falecerá.



Fausto conta a história do protagonista homônimo que faz um pacto com o “coisa ruim” (ou coisa boa para quem prefere...) para obter todo um triunfo imediato sem que sejam necessário quaisquer esforço para se chegar ao ônus, o preço obviamente sendo a alma do pobre coitado que só visava o material. A semelhança na qual percebi é que Raito assim como Fausto ao colocar as mãos em um produto vindo das trevas sente-se um passo á frente do que toda humanidade, quase como um sentimento de onipotência sobre o poder que á ele foi concebido de poder julgar como bem entende o destino daqueles chamados de criminosos pelo código de leis do mundo e assim quando e como morreriam. Além disso, ambos mexem com práticas do ocultismo das quais eles não possuem o mínimo discernimento á cerca do assunto, enquanto seus tutores trevosos dão toques relacionados ao mal que eles podem estar afrontando levianamente e nem ouvidos estão sendo dados aos conselhos passados por autoridades do burlesco e soturno “outro mundo”.



O toque de Midas está no fato de que muito ambicionar um poder sem prever suas consequências pode acarretar em finais dramáticos e infelizes, como o do Rei que ganhou o poder de converter tudo que tocasse em ouro, no qual á extremos em que não tinha mais controle sobre aquilo e acabou ele próprio transformando-se em material para ourives cuidarem, e Raito por sua vez de tanto matar pessoas com tal instrumento acabou morrendo pelo mesmo meio afirmando uma das frases que nunca sairão do hall de grandes ditados: “Quem com o ferro fere com o ferro será ferido”.



Isso mostra que o clássico ainda mantém seus traços no contemporâneo, atravessando eras e mantendo-se firme e forte afirmando sua eterna utilidade para a cultura e comportamento do ser humano. Por isso que o ler e pesquisar são tão importantes, pois nunca se sabe quando uma boa informação pode ser necessária. Então não tenham vergonha e nem preguiça ouvir qualquer idéia que tem um cunho verosímil.



*Participante assíduo deste benévolo e empreendedor projeto social.

Um comentário:

Ana Beatriz disse...

É isso aí Lucas, temos que incentivar os jovens à leitura dos clássicos, para poderem fazer essa analogia que fizeste.Refletindo, compreendendo, enfim, aprendendo.Voltando aos textos, passam-se séculos e séculos e o homem continua o mesmo, ou não? O que vcs acham?